Por entre o caos que assola a Venezuela há um grupo de voluntários a prestar primeiros cuidados

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Por entre o caos que assola a Venezuela há um grupo de voluntários a prestar primeiros cuidados

Imagens da Cruz Verde venezuelana, um grupo constituído por estudantes de medicina.

Este artigo foi originalmente publicado na edição de Junho da VICE Magazine.

Não parece haver fim à vista para os protestos nas ruas da Venezuela, à medida que a recessão continua a agravar-se numa nação abundante em petróleo. Dando continuidade à política económica de Hugo Chávez desde que o substituiu no poder após a sua morte, o presidente Nicolás Maduro decretou o controlo dos preços e da moeda em dólares americanos, o que levou a consecutivos cortes no abastecimento de comida medicamentos e outra necessidades básicas.

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As manifestações têm vindo a tornar-se cada vez mais violentas, com dezenas de mortos contabilizados e 700 feridos só no primeiro mês de protestos [em Junho passam já mais de dois meses e o número de mortos ultrapassa os 60], de acordo com a Procuradoria Geral da Venezuela.

No entanto, por entre a destruição, um grupo liderado por jovens estudantes de medicina da Universidade Central da Venezuela, conhecido como "Cruz Verde", por causa do símbolo que os membros utilizam nos seus capacetes, tem providenciado primeiros cuidados a quem deles necessita. Grande parte dos seus equipamentos e materiais são obtidos através de doações vindas do estrangeiro, já que são impossíveis de conseguir no país. No terreno, estes homens e mulheres, na sua maioria na casa dos 20 anos, ajudam aqueles que são atingidos por gás lacrimogéneo, balas de borracha e pedras.