As "Rock Stars" do novo milénio estão em Lisboa e prometem partir isto tudo
Até o Costa, já sabe que o hi5 morreu há muito. Todas as fotos pelo autor.

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As "Rock Stars" do novo milénio estão em Lisboa e prometem partir isto tudo

A Web Summit invadiu Lisboa e, claro, na Internet há quem esteja muito chateado. O progresso é um pesadelo. No evento, propriamente dito, veja-se bem, há 50 mil pessoas de todo o Mundo que parecem estar bastante satisfeitas.

Se estás à espera que um gajo venha para aqui gozar com engenheiros informáticos, nerds do gaming, empreendedores sem gravata, milionários despenteados, investidores angélicos, pessoal visionário, ou com o Paddy sem net para fazer um live no Facebook, com o Costa nervosinho a engasgar no inglês, ou com o Barroso a afirmar publicamente que agora que está fora da União Europeia se sente mais livre para pensar sobre o Mundo, esquece. Podes dizer aí em baixo que somos uns vendidos e tal. Enviamos-te, desde já, um abraço sincero.

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O Barroso, por razões óbvias, não merece uma letra mais que seja. Enterra-se sozinho. Todos os outros, simplesmente, não merecem a mesquinhez daquele país invejoso e pequenino que já para aí anda nas redes sociais desta vida a regurgitar disparates. E isto não é conversa corporativista, nem palmadinhas nas costas.

Esta gente, na verdade, não precisa. Se o irlandês tivesse escolhido outro sítio qualquer em detrimento de Portugal para fazer isto, era um cabrão de um bife ranhoso e os "shôtores" do Governo não passariam de uma cambada de chulos que só querem é bola e negociatas para os amigos. Progresso do País, nada. Ladrões!

Ninguém tem aí uma app para substituir o megafone?

Se há evento que, claramente, tem a ver com investimento, futuro, progresso, juventude e oportunidades, é este. Ainda assim, a Web Summit consegue recolher um bom molho de atoardas digitais, de rapaziada que não tira os olhos das apps que tem no telefone, mas que, com o maior à vontade deste mundo e do outro, é capaz de soltar um batido "não nos dizem é quanto vamos todos pagar por isto". A sério? Ainda não perceberam mesmo?

Bom, siga para bingo. Já todos estamos carecas de saber os milhares que por aqui andam e, se quisermos optar pela honestidade intelectual em detrimento da piadola choné de Facebook, sabemos bem o que isso significa directa e indirectamente para o País.Querem atenção para os vossos negócios e não estão no evento? Vão para a porta distribuir cartões… como o Diva. Abordem os jornalistas na rua e não os larguem até lhes mostrarem a vossa cena, como fazem os indianos da Yeppar Deck (procurem a app nas lojas). Parece que se chama proatividade.

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Ah, raio destes gajos proativos que chateiam toda a gente com a app que os pode fazer ganhar uns milhõezitos. Sacanas de capitalistas.

Mandar bitaites do contra só porque sim? Fazer troça dos nerds borbulhosos como se ainda estivéssemos em 1999? Cascar em governos (este ou outro que fosse) porque se faz é porque faz e se não faz é porque não faz? Não há grande pachorra, diga-se.

O Gordon Levitt não é assim tão sexy como as três mil selfies que andam aí pelo teu feed podem fazer crer.

"Não é uma app, não é um sistema inovador de alojamento, nem tão pouco a Uber para cães. É uma cena que mete chapéus e fica fixe nas fotos". (Não queríamos, mas estavam a pedi-las).

Não era só para gajos mal vestidos e despenteados? Chama-se "ir ao engano".

Vestir a camisola.

Ambiente de estádio. Estes seres estranhos vão a todas.