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Música

O Miguel Januário e o João Cruz da Bloop vão estar hoje no 5.ª à Avenida

A febre dos cocktails está a caminho.

Será já a partir de hoje que teremos mais motivos para sair à quinta-feira, já que o 5.ª à  Avenida promete trazer até aos Quiosques da Liberdade convidados de excelência para passar um bom som, entre as 19 e as 2 da manhã. E quem melhor do que a dupla Miguel Januário/João Cruz (Bloop Recordings), para dar início à série que decorrerá nos meses de Julho, Setembro e Outubro?

Miguel Januário dispensa apresentações. Artista, grafitter, a cara do

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±MaisMenos± e o responsável pela facada em D. Afonso Henriques e por adulterar a "Portuguesa". A

 Bloop (aqui representada pelo João Cruz) é um evidente sinónimo de umas quantas horas bem passadas em festas repletas de techno, house de qualidade e miúdas giras. Fomos falar com eles para saber com o que podemos contar daqui a umas horas.

Miguel Januário

VICE: Focas-te mais no happening e na mensagem do que os outros grafitters. Também te desvias do rap na cultura hip-hop?

Miguel Januário: Fui influenciado pelo punk-rock, apesar de, desde sempre, ser bastante eclético. Conheci a rua através do skate e, antes ainda de pintar, a banda que ouvia que mais se aproximava do rap eram os Beastie Boys.

Encontras algum tipo de revivalismo nessa cultura? Quais são as referências que moldam o que fazes agora?

A mensagem sempre foi muito importante para mim. Por esse motivo destaco os Bad Religion que sempre estimularam o meu pensamento crítico.

O que é que podemos esperar, ±, da tua actuação?

Vou fazer um apanhado das bandas que considero importantes no meu crescimento, mas sem deixar de passar por algumas referências inesperadas, que vão do clássico ao hardcore.

João Cruz

VICE: 

Olá, João, algum tempo depois da Bloop ter festejado o seu sétimo aniversário, começava por perguntar quais foram os desejos que pediram ao soprar essas sete velas?

João Cruz:

Olá. Soprar outras sete.

Que tipo de reacção tem recebido o mais recente 12 polegadas de Magazino? Como se proporcionaram as remisturas de Brett Johnson e Tiago Marques?

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Felizmente temos recebido um feedback bastante positivo por parte de amigos, amantes de música e artistas. O Brett e o Magazino já se conhecem desde os tempos da "Classic" e voltaram a cruzar-se, desta vez pela Bloop. Foi lançado o desafio e aceitou de imediato. O Tiago é da casa e por acreditarmos no trabalho que faz em estúdio, surgiu o convite.

Para alguém que está mais habituado a passar música para o público, sentes-te bem na função de falar um pouco sobre os teus discos favoritos?

Tenho alguns que me deixam confortável e andam sempre na mala. Posso tocá-los em qualquer festa. Normalmente vou preparado para tocar o que sentir que as pessoas querem ouvir no momento.

Para chegar aos discos, preferes ser cativado por uma conversa entusiasmante entre pessoas ou encontrar pistas nas habituais pesquisas de internet?

A pesquisa de música é algo particular, mas posso adiantar que as músicas que toco são maioritariamente encontradas em pesquisa virtual e em lojas de discos. A outra parte em conversa com amigos ou dj sets… Era bom se me chegasse tudo à mão, mas confesso que perdia um pouco a piada.

A Bloop tem organizado algumas matinés e o pessoal aparece. Quais são para ti as vantagens de uma matiné em comparação com um set que comece, por exemplo às duas da manhã?

Penso que a música não tem horários e o mais importante é saber levá-la ao encontro da atmosfera que se vai criando numa pista de dança. Independentemente das horas, é fundamental enquadrar o que se ouve com o que se vê.